sábado, 20 de março de 2010

Conferência “Gastronomia Molecular” - Prof. Paulina Mata

No dia 11 de Março, quinta-feira, pelas 10h foi realizada uma conferência sobre Gastronomia Molecular no Centro de Recursos Educativos e Multimédia (CREM) na nossa escola, organizada pelo nosso grupo.

Para tal convidámos a Prof. Paulina Mata, Engenheira Química do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a qual pôde dar uma perspectiva detalhada desta área científica e fazer uma demonstração prática para o grupo de alunos, professores e funcionários que assistiram à conferência.

Deixamos de seguida algumas fotos do evento, bem como o link do Blog do livro "A Cozinha é um Laboratório", da autoria de Paulina Mata e Margarida Guerreiro:


quarta-feira, 17 de março de 2010

Votações e Dicas da Semana

As Dicas da Semana, publicadas ao longo das últimas semanas, têm agora o seu fim. Abordámos oito temáticas diferentes e todas elas importantes e interessantes. Esperamos que tenham gostado.

Encontra-se a decorrer uma nova votação. Estas votações, iniciadas há duas semanas atrás, vão passar a ser regulares, sempre de duas em duas semanas, para que constituam o feedback ao nosso projecto.

Na primeira semana de Abril chega uma nova iniciativa ao nosso blog. Mais tarde revelaremos tudo, esperemos que gostem.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Conferência LNEG - Laboratório Gourmet

Pedimos desculpa pelo atraso da chegada das Dicas da Semana IV, mas não estivemos de férias, de todo. De facto, estivemos a preparar uma refeição no LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia), no âmbito da Gastronomia Molecular e das Energias, onde pudemos aplicar os nossos conhecimentos na matéria, e adquirir novos.

Dito isto, deixamos-vos aqui algumas fotografias do evento:


quinta-feira, 4 de março de 2010

Dicas da Semana IV - o álcool na confecção dos alimentos

Em muitas receitas e cozinhados, é usual o uso de vinho ou de outra bebida alcoólica, no seu tempero ou durante a sua confecção. Mas a questão é: será que o sabor que sentimos no prato depois de confeccionado apenas de deve aos aromas próprios da bebida ou será que ainda resta algum álcool, mesmo depois de toda a confecção?

Um estudo realizado há pouco tempo por investigadores da Universidade de Idaho e do Departamento de Agricultura Americano concluiu que, ao adicionar uma bebida alcoólica na confecção de uma refeição, o álcool não se evapora completamente, como se pensava anteriormente.

Quando se junta álcool e água (mesmo que não adicione água para a confecção dos alimentos, esta está presente na constituição de todos eles), estes formam uma mistura (composto) especial que ferve (ponto de ebulição) abaixo da temperatura necessária para evaporar o álcool ou a água. Ou seja, se sobrar algum líquido/molho, nele está presente, sempre, quer água, quer álcool! Este facto traduz-se em alguma alteração do paladar do resultado final, já que possui mais um constituinte que altera o seu sabor!

Estas são algumas das conclusões do estudo - a quantidade de álcool que ainda se encontra, mesmo depois da confecção:

Assado ou cozido em lume brando durante:

- 15 minutos: 40% do álcool retido (não evaporado – presente na comida, depois de confeccionada)
- 30 minutos: 35% do álcool retido
- 1 hora: 25% do álcool retido
- 1h30: 20% do álcool retido
- 2 horas: 10% do álcool retido
- 2h30: 5% do álcool retido

Por isso, tenha em atenção a quantidade de bebida alcoólica que adiciona aos seus cozinhados, pois esta tem influência tanto no sabor como na quantidade de álcool ingerida durante a refeição.

Nota: Num outro estudo, este realizado na Austrália, pessoas que comeram uma refeição confeccionada com álcool e que ingeriram uma quantidade de vinho normal, apresentavam, no final da refeição, uma quantidade de álcool no sangue superior à permitida pela lei australiana

Dicas da Semana IV - a cozedura de um ovo

O processo de cozedura de um ovo tem por base a modificação da estrutura das suas proteínas. Ao cozermos um ovo, estas desnaturam-se: ’desenrolam-se’ e, posteriormente, ligam-se entre si formando uma estrutura sólida.


Contudo, nem todas as proteínas existentes no ovo solidificam à mesma temperatura e daí nem sempre se obter a textura desejada. Algumas das proteínas da clara começam a solidificar a temperaturas entre 61 e 85ºC, enquanto que as proteínas existentes na gema já solidificaram a esta temperatura.


Assim, a temperatura ideal a que um ovo deve ser cozido é escolhida de acordo com os objectivos pretendidos.
Por exemplo, a 65ºC a clara ainda está bastante líquida, mas a gema já atingiu uma textura espessa e agradável. Por esta altura, já atingiu também a sua cor laranja, cor esta que se manterá.