Antes de mais, há que distinguir culinária de gastronomia, dois conceitos que são muitas vezes erroneamente usados como sinónimos. Culinária é a arte de cozinhar, a criatividade na confecção de uma refeição; por sua vez, a gastronomia apresenta um sentido mais alargado, ocupando-se mais especificamente das técnicas de confecção dos alimentos, bem como de todas as componentes a elas associadas (aspectos culturais, o modo de apresentação, etc.).
Assim, a Gastronomia Molecular destaca-se das restantes ciências alimentares por ter como objecto de estudo a confecção de alimentos a pequena e média escala, ou seja, a nível doméstico e de restauração. Esta área tem ainda uma componente interdisciplinar, uma vez que para além da confecção em si, estuda todos os processos físico-químicos que ocorrem, desde a sua origem, até ao produto final, utilizando o conhecimento daí obtido para melhorar toda a envolvente da cozinha e poder ainda dar largas à imaginação em receitas e aplicações nunca antes exploradas.
Um pouco de história...
A investigação nesta área remonta a 1908, embora os avanços mais significativos e, consequentemente, (re)conhecidos, são dos anos 80, fruto do trabalho de dois cientistas, considerados os pais da Gastronomia Molecular: Nicholas Kurti e Hervé This.

